Tenho uma história interessante para vos contar.
Ia eu muito contente de férias, com a mala do carro cheia, e acreditem que cheia de ideias também ia a minha cabeça, ideias felizes, ideias de lazer, tais como ler um livro, jogar squash, fazer muita praia e fazer BTT.
Mas...para fazer BTT precisamos de...como é óbvio....bicicletas de BTT. Então eu e a minha cara metade levámos as nossas "biclas" presas no tejadilho do carro com os suportes próprios, tudo como "manda a sapatilha".
A cerca de 100Km do nosso destino vejo um vulto no retrovisor, como se fosse um daqueles malucos que de repente se colam à traseira do nosso carro, parecendo que querem levar tudo pela frente. Mas não, afinal era a minha bicicleta de BTT, a minha linda e mais que querida Scott Voltage. Lá estava ela no ar, como que a pedir por socorro, a pedir ajuda. De nada lhe valeu, caiu, rebolou, rodou, e parou. Lá estava ela no chão, imóvel, como quem espera pela pessoa amada.
Tudo isto se passou numa fracção de segundos. Ai, ai, uma fracção de segundos para que a minha "bicla" pudesse provar o quanto é forte, o quanto está aqui para mim, o quanto quer continuar.
Os estragos, bem...podiam ser bem piores se algum carro estivesse realmente colado à traseira do nosso carro.
Quanto à Voltage, são duas jantes completas, uma cassete do carreto traseiro, um selim e mais umas pequenas peças.
E como podem adivinhar fiquei-me pela praia e um mau humor do caraças.